Tecnologia NAC do IAC incorporada a dois fertilizantes foliares comprova a relevância da parceria público-privada

Os resultados da tecnologia NAC (N-Acetil-Cisteína), desenvolvida e patenteada pelo Instituto Agronômico (IAC) e incorporada aos produtos GRANBLACK e IKONE, foram apresentados aos citricultores durante o evento Top Citros, realizado pela Amazon Agrosciences em parceria com a CiaCamp, em dezembro de 2022. Ao apresentar os ganhos obtidos, reforçados em depoimentos de usuários da tecnologia, a expectativa é contribuir para que os citricultores acreditem cada vez mais na ciência brasileira, na relevância das parcerias e na importância de adotar os resultados científicos. 

A Amazon é parceira do IAC também no Centro de Ciência para o Desenvolvimento (CCD-CROP-IAC) sediado pelo Instituto e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e empresas privadas.

O NAC é uma molécula antioxidante, já usada como suplemento alimentar e no tratamento de infecções bacterianas das vias aéreas de humanos. Porém, seu uso no manejo de doenças em plantas é uma descoberta do IAC, licenciada com exclusividade para a empresa CiaCamp Desenvolvimento e Inovação Tecnológica Ltda, que produz em parceria com a Amazon os fertilizantes foliares GRANBLACK e IKONE.

Sob a liderança da pesquisadora Simone Cristina Picchi, a CiaCamp é a primeira startup nascida dentro do IAC, com recursos da FAPESP. “O NAC é uma molécula natural e não residual que fortalece o sistema de defesa da planta tornando-a mais resistente a agressões bióticas e abióticas. Esses resultados são obtidos a partir de sua ação antioxidante, que elimina radicais livres danosos à saúde da planta. Destaco também o aumento de produtividade nos pomares”, comenta Felipe de Sousa Palma, diretor comercial da Amazon.

Segundo Palma, os resultados obtidos com o uso dessa tecnologia são decorrentes da melhora da saúde da planta como um todo, alcançada pela redução do nível do estresse oxidativo. “O NAC reduz a quantidade de radicais livres, responsáveis pelo aumento do estresse oxidativo e, se mantidos em níveis controlados, resultam em melhora nas respostas de defesa da planta a ataques de pragas e doenças, além do ganho de produtividade”, comenta.

A pesquisadora do IAC e líder da pesquisa com o NAC, Alessandra Alves de Souza, ressalta que a molécula foi avaliada como estratégia para inibir ou desagregar o biofilme bacteriano formado na superfície das folhas pela bactéria do Cancro Cítrico. “Esse biofilme protege as bactérias de estresses ambientais, entre eles o calor e raios UV, e de compostos antimicrobianos que possam afetar o desenvolvimento da bactéria, dentre eles o cobre, muito usado no controle químico do Cancro Cítrico”, explica. 

Os registros apresentados no evento Top Citros mostraram o incremento da produtividade a partir do segundo ano de aplicação. De acordo com Palma, as variedades respondem de diferentes maneiras, apresentando ganhos que variam de 133 a 313 caixas, por hectare. 

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